Poema Traidores do Brasil são Traidores da Pátria
"Quem ousa erguer-me fronte altiva?
Sou o traidor, senhor da mentira.
Na mão que jura, a faca cativa,
na língua doce, o veneno que fira!"
Um Anjo (em voz de trovão):
"Silêncio, abismo! Tua glória é cinza,
teu trono é pó, teu ouro é lodo.
A Pátria que o coração batiza
não se prostra ao teu vil engodo."
Demônios (em coro zombeteiro):
"Bradai, irmãos da noite escura!
Quanto mais prata corrompe os altares,
mais se dissolve a fé mais pura,
e o povo sangra nas próprias lares!"
Satanás (com coroa de fogo):
"Exultai, ó vermes do engano!
O reino é meu, conquisto sem armas.
Quem se opõe ao meu desumano
cairá quebrado nas minhas chamas!"
Um Patriota (erguendo a espada):
"Não! Pois a Pátria é mais que riqueza,
é sangue, é terra, é chama inteira.
Quem a vende em nome da vileza
será lembrado em cinza e poeira!"
Patriotas (em coro inflamado):
"Não! Pois a Pátria é mais que tributo,
é chama eterna que o vento não apaga.
A traição corrói, mas não o luto
do coração que resiste e não se entrega!"
Um Anjo (erguendo a bandeira):
"Olha, Satanás, a estrela que surge!
Do céu se abre um clarão guerreiro.
Teu império de lama já ruge,
mas não vence o braço brasileiro!"
Satanás (gritando em desespero):
"Malditos! O ouro não vos domina?
Nem a promessa, nem a mentira?
Se a Pátria é forte e jamais declina,
é porque nela o fogo conspira!"
Patriotas (em apoteose):
"A História pesa os traidores,
a memória os condena sem perdão.
A liberdade é chama que não desmaia,
é o brado eterno que aquece o chão!"
Um Anjo (descendo em fulgor):
"Eis o Brasil que se ergue altaneiro,
com rios largos, com céus de luz,
terra de sangue, suor e celeiro,
mas guardada na cruz que reluz."
Satanás (rendido, em fúria):
"Não! Não aceito esta terra liberta!
Queria-a escrava de prata e corrente!
Mas vejo a bandeira, altiva e desperta,
rasgar meus grilhões diante da gente!"
Demônios (em lamento profundo):
"Perdemos o trono de trevas e engano,
a Pátria venceu com voz que não cala.
O povo se levanta com braço soberano,
erguendo sua honra como espada e bala!"
Patriotas (erguendo armas e mãos):
"O Brasil não vende sua alma sagrada,
não curva a fronte ao ídolo da mentira.
Quem o trai terá a memória apagada,
quem o defende na História se inspira!"
Um Anjo (sobre a bandeira tremulante):
"Glória, ó Brasil, que a verdade abraça,
livre de sombras, livre de algemas.
Teu nome ecoa nas praças da raça,
soberano entre povos, eterno em poemas!"
Patriotas (erguendo estandartes em coro):
"Vede, Brasil, teus filhos erguendo o céu,
com a força de rios e mares bravios.
A traição cai, dissolvida no véu,
e a pátria ressurge em seus próprios rios!"
Um Anjo (sobrevoando as cidades):
"O mal que parecia eterno e profundo
se desfaz diante da luz que irrompe!
Do Norte ao Sul, de cada canto do mundo,
a esperança brilha, e o medo se rompe!"
Satanás (em grito final, derrotado):
"Não! O fogo que imaginei consumir-vos,
não queima o aço do espírito fiel!
As trevas recuam, não podem iludir-vos,
e vejo a Pátria surgir como um céu!"
Demônios (em murmúrio de desespero):
"Perdemos o trono que se julgava eterno…
O povo se levanta, a justiça não cede.
O ouro é pó, o veneno é inverno,
e a Pátria brilha, enquanto o traidor se mede!"
Patriotas (em coro triunfante):
"Traidores do Brasil são traidores da Pátria!
Seus nomes serão lembrados apenas em pó.
Mas o Brasil, com coragem que não se apaga,
ergue-se livre, eterno e maior que o nós!"
Um Anjo (erguendo a bandeira ao sol nascente):
"Olhai, ó Brasil, a tua glória plena,
o passado de dor agora se transforma.
Nos corações bate a chama serena,
e cada lágrima rega a nova forma!"
Coro Final (anjos, patriotas e vozes do futuro):
"A Pátria venceu! Que ressoe o seu nome,
livre de sombras, livre de tirania.
Traidores caíram, mas o Brasil consome
a luz da verdade e a força do dia!"
Patriotas (último brado épico):
"Que cada canto do chão amado ecoe:
Traidores do Brasil são traidores da Pátria!
E que o povo, sempre firme, não perdoe
quem quis vender a nação em sua mátria!"
